terça-feira, 29 de março de 2011

Você gosta de cavalo?

Tem coisas que é melhor a gente confessar:

Eu já comi carne de cavalo.

É verdade. Não digo isso orgulhoso, muito antes pelo contrário. Já comi e pronto. Achei que tinha que provar. Foi em uma viagem que fiz para Roma. Na verdade não foi em Roma. Foi numa espécie de Nova Lima de Roma. Meu amigo, o publicitário, diretor de criação da agência Filadélfia, Dan Zecchinelli, me levou, juntamente com o diretor de criação da On idéias Interativas, Wagner Lana pra experimentar a night italiana em um buteco tradicional da Nova Lima de Roma.

Não me perguntem o nome da cidade. E nem do Buteco. O Dan é quem tem memória de elefante.

O fato é que o buteco era uma "espécie" de SALUMERIA (eu e meu vasto italiano), o que pros meus ancestrais franceses (quisera eu) tem o nome de CHARCUTERIE - Charcutaria. Digo "espécie" porque os embutidos, as carnes secas, as carnes cozidas (daí o termo), não eram só de porco. Sim, é verdade: tinha de cavalo...

Bom também.

Eu já havia experimentado em outro buteco - este na bélgica - as mais famosas batatas fritas do mundo - que levam esta fama justamente por serem fritas na gordura de cavalo. Mas comer, mesmo, a carne de cavalo foi a primeira vez.

Aqui, em BH, pegamos a saída pro Rio. E ainda na nossa Nova Lima, na altura do Miguelão, encontramos um outro buteco famoso pelos cavalos. Mas estes, pra quem gosta de equitação. Há mais de 15 anos, se não me engano, somos recebidos pela delicadíssima e simpática amiga Andréia, atendidos pelo Marcelão, pelo Neto, por toda a equipe bacana que faz do ambiente um lugar aconchegante e delicioso. Mesmo.

Bom, desta vez, vai a minha sugestão: mas não é pra você que está lendo, é pra Andréia.

Andréia, solução para um casal que queira, como eu, comer tanto o MARAVILHOSO torresmo como o ESPETACULAR pastel de angú e ainda almoçar: (porque apesar de termos meia porção de torresmo, não temos meia porção de pastel de angú - porque vem 5 unidades...) Um tira-gosto Híbrido! Um pouquinho de torresmo e três pastéis de angú! Aí sim, seria perfeito! Agrada casal com gosto distinto!

E se quiser colocar entre parênteses no cardápio: (sugestão do Bê), aí eu vou de quinze em quinze dias, ao invés de uma vez por mês! Piscadela

Brincadeiras à parte, vale conferir. O torresmo do Nutreal é bem melhor que a carne de cavalo da Nova Lima de Roma...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Primeiro Post


Há uma série de chavões já bem manjados sobre os bares e botecos de BH. O mais manjado deles: a praia dos mineiros são os botecos.

Vamos parar com isso. Nossa inveja tem que ter limites. Não temos praia mesmo, infelizmente. E reduzir os botecos à uma praia, por mais linda que seja, é injusto. Boteco em BH é muito mais do que praia. É escritório, é casa da mãe Joana, é fuga, é vício, é festa, é deserto, é alcova, é montanha e é até praia. E o que mais a nossa imaginação mandar. Boteco em BH é lugar de música, de poesia, do choro, de choro, de encontros e desencontros. É a nova ágora, a verdadeira praça, local de assembleias, de conchavos políticos, de botar pra quebrar, de botar tudo em pratos limpos (ou em copos sujos, como diz a nossa tradição botequeira). E também lugar do amor, do sonho, do flerte, da terapia. De casal, de grupo, sozinho.

Já foi num boteco sozinho?

Daí, a amplitude de temas, de gostos e desgostos. E olha que ainda nem comecei a falar da Comida de Boteco (coloquei até em letra maiúscula)... Aliás, deixa eu me apresentar, afinal, vamos sentar juntos, semanalmente, aqui nessa mesa de plástico... Meu nome é Bê Sant'Anna, sou um comunicador multimeios, seja lá o que isso signifique, e um entusiasta do Encontro - e se for no boteco, melhor ainda. Eu também Sou BH. Muito. Mesmo. E tanto. E antes que a gente peça nossa primeira gelada, porque eu já tô com a boca seca, vamos já deixar claro uma coisa: esse negócio de chamar boteco de boteco, só se for fora de BH. Por aqui, todo mundo sabe que o nome certo é buteco.

Ô Chegado, desce a primeira!